O movimento surgiu como apoio a profissional e manifestação contra sua demissão e contra o ato do machismo que ainda está presente em nossa sociedade e que nós, profissionais de comunicação, sabemos que é recorrente nas redações, nas entrevistas, nas externas, nas assessorias de imprensa, nas repartições, enfim, no ambiente de trabalho ou fora dele, mulheres sofrem assédio todos os dias.
O que mais nos revolta, falo por mim, é que as vítimas, os entrevistados, celebridades, políticos, artistas, autoridades, muitas vezes não são responsabilizados pelo ato.
Mas mexeu com uma, mexeu com TODAS!
O caso de assédio da jornalista do IG, que prefere não se identificar, rendeu reportagens dentro e fora da empresa. Esta mesma empresa que a licenciou e se comprometeu publicamente a dar assistência à jovem de 21 anos, que ficou. mas a decisão de demiti-la surpreendeu a própria redação, os colegas do portal.
De acordo com a publicação do Catraca Livre, a ideia surgiu a partir de uma postagem no da jornalista Janaina Garcia, no Facebook, em que se solidariza com a repórter demitida. Ao lado da colega Thais Nunes, ela decidiu transformar a revolta em luta contra o machismo. Assim foi criada a hashtag #JornalistasContraOAssédio e o vídeo da campanha com depoimentos de mulheres a respeito do assunto.
Entenda o Caso:
Em 3 de junho e 2016, o portal Ig denunciou o MC Biel por assédio sexual a repórter da empresa durante a entrevista. Com a repercussão o funkeiro, através de sua assessoria (será que é assessorado por jornalistas?) divulgou uma nota dizendo que se tratava de um mal entendido e que ele respeitava as mulheres. Em seguida perdeu apoios, o Comitê Olímpico o tirou da lista de celebridade que carregariam a tocha olímpica no Rio, sua música saiu de uma novela global. Depois de tantas perdas, o rapaz gravou um vídeo se desculpando... Mas não convenceu, pois até o momento a punição amior foi para a repórter, a vítima. que na última sexta-feira, 17 de junho foi demitida do portal.
Leia o manifesto do movimento na íntegra:
"Jornalista sofre assédio? Onde? Quando? Por quê?
Antes fossem simples como um lead jornalístico as respostas para uma questão como essa – mais comum no dia a dia das profissionais do jornalismo do que se pode imaginar. Dentro ou fora das redações. Dentro ou fora das assessorias de imprensa.
As respostas para o nosso ‘lead’ começaram a surgir com força a partir da demissão de uma colega do portal iG, no último dia 17. A mesma que, semanas antes, denunciara assédio sexual do cantor Biel durante uma entrevista. O caso rendeu reportagens dentro e fora da empresa, que se comprometeu a dar assistência à jovem de 21 anos – mas a decisão de demiti-la surpreendeu a própria redação do portal.
Com os sentimentos de empatia e de desnaturalização de um tema tão grave, nasceu a campanha #jornalistascontraoassédio – de um post no Facebook a grupo de WhatsApp, grupo no Facebook, e, agora, na Fanpage homônima.
O assédio é um dos ranços do machismo nosso de cada dia. Expurgar isso com denúncia e com informação é tarefa não só das mulheres, mas de qualquer jornalista que pretenda, de fato, ver uma sociedade menos desigual de oportunidades, conceitos, direitos e deveres.
Um lugar mais legal em todos os sentidos da palavra.
Vamos juntas?
Vamos juntos?
Somos
#jornalistascontraoassédio"
Vamos juntos?
Somos
#jornalistascontraoassédio"


