sexta-feira, 2 de junho de 2023

Ela

 Ela é braba ela, ela é da quebrada, ela é favela

Tão bonita, tão singela, defensora, ativista quem é ela?

Conhece bem seus valores, corre e grita horrores

Sem saber o que temer, briga pra seu povo viver 

Ela tá na lida, tá na luta, ela fala e daqui a gente cala e escuta

Planeja, produz, executa, refaz, pesquisa e estuda

Do bar e da academia. Ela é a intelectualidade e a galhofaria.

Ela dança, Ela escreve. Ela fala, Ela bebe.

É ela que hoje eu imito, mas que um dia eu temi, resisti e não quis. É ela, tenho dito.

Escuridão

A escuridão me atrai. A noite ensina à mulher, à moça, a senhora e a menina. 

Mostra como tem que ser, para alguns muito o que temer

A outras é o tempo de correr, para nós, agora, será a hora do prazer 

As noites de outono motivam a nos acender mas teimam em pouco aquecer.

Mas surge você, que escuro igualmente me atrai

O corpo arde em chama, a escuridão chama pra cama.

O que acontece lá, a noite, mais ninguém vê

É só o meu corpo preto sobre o seu, atendendo nosso querer.

Afeto, Dengo, Quereres, Desejo,  Prazeres...

O enlevo em arder elimina a exaustão do nosso ser

O escuro reluz e reflete as curvas, a cor realça, e pele brilha, no ritmo do entrelace dos corpos

Me perco, me deleito na escuridão, sem medo, por horas em me satisfazer

Respiro, suspiro, perco o ar, agora, enfim, nessa noite, eu consigo respirar!